950 resultados para Hiperplasia adrenal congênita


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ABSTRACT: Congenital adrenal hyperplasia (CAH) due to 21-hydroxylase deficiency (P450c21, CYP21) accounts for about 95% of all CAH cases. The incidence of CYP21 gene mutations has been extensively studied in the last years, but in Brazil it has been investigated only in Southeast Brazilian patients. This study is the first report on the distribution of CYP21 mutations in patients from the Amazon region. Direct sequencing of the CYP21 gene identified at least one mutation in 96% of the studied chromosomes. The most common mutations found were IVS2-13A/C > G (36%), Q318X (12%), V281L (12%), 1760_1761insT (9%), Cluster E6 (7%), and P30L (7%). The worldwide most common mutations were identified among patients from the Amazon region at frequencies that may be expected for a population resulting from the admixture of Europeans (predominantly Portuguese), African Blacks and Amerindians, in proportions that differ from those estimated for South Brazilian populations. Interethnic mixture may explain the differences in the frequencies of some mutations between Brazilian patients from the Amazon and from the Southeast of the country. However, the differences found may also be due to variation in the number of patients with the different clinical forms of 21-hydroxylase deficiency in the studies carried out so far.

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Introdução: A Hiperplasia Adrenal Congênita por deficiência da 21-hidroxilase (HAC) é uma doença com mortalidade neonatal elevada sendo elegível para programas públicos de Triagem Neonatal (TN). A HAC é causada por mutações no gene CYP21A2, as quais acarretam diferentes comprometimentos da atividade enzimática e resultam em espectro amplo de manifestações clínicas. Apesar da eficiência da TN para diagnosticar os casos graves, a taxa elevada de resultados falso-positivos (RFP), principalmente relacionados à prematuridade, é um dos maiores problemas. Porém, resultados falso-negativos também podem ocorrer em coletas antes de 24 horas de vida. No Brasil, a coleta da amostra neonatal difere entre os municípios, podendo ser no terceiro dia de vida como após. Objetivo: Avaliar se os valores da 17OH-progesterona neonatal (N17OHP) das coletas no terceiro dia de vida diferem significativamente das coletas a partir do quarto dia. Determinar qual percentil (99,5 ou 99,8) pode ser utilizado como valor de corte para a N17OHP, de acordo com o peso ao nascimento e tempo de vida na coleta, a fim de que proporcione taxa menor de RFP. Métodos: Foi avaliada, retrospectivamente, a N17OHP de 271.810 recém-nascidos (Rns) de acordo com o tempo de vida na coleta (G1: 48 - = 72h) e peso ao nascimento (P1: <= 1.500g, P2: 1.501-2.000g, P3: 2.001-2.500g e P4: >= 2.500g), pelo método imunofluorimétrico. Testes com resultados alterados foram confirmados no soro por Espectrometria de Massas em Tandem - LC-MS/MS. Rns afetados e/ou assintomáticos e com valores persistentemente elevados de 17OHP sérica foram submetidos ao estudo molécular, sequenciamento do gene CYP21A2. Resultados: os valores da N17OHP no grupo G1 foram significativamente menores do que em G2 em todos os grupos de peso (p < 0.001). A taxa de RFP em G1 e G2 foi de 0,2% para o percentil 99,8 e de 0,5% para o percentil 99,5 em ambos os grupos. O percentil 99,8 da N17OHP foi o melhor valor de corte para distinguir os Rns não afetados dos afetados, cujos valores são: G1 (P1: 120; P2: 71; P3: 39 e P4: 20 ng /mL) e em G2 (P1: 173; P2: 90; P3: 66 e P4: 25 ng/mL). Vinte e seis Rns do grupo G1 apresentaram a forma perdedora de sal (PS) (13H e 13M), nestes a N17OHP variou de 31 a 524 ng/mL e vinte Rns no grupo G2 (8H e 12M), nestes a N17OHP variou de 53 a 736 ng/mL. Para ambos os grupos foram encontrados três Rns com a forma virilizante simples (1H e 2M) e os valores da N17OHP variaram de 36 a 51 ng/mL. Resultados falso-negativos não foram relatados. O valor preditivo positivo (VPP) no teste do papel filtro foi de 5,6% e 14,1% nos grupos G1 e G2, respectivamente, ao se utilizar o percentil 99,8, e de 2,3% e 7% nos grupos G1 e G2 ao se utilizar o percentil 99,5. Dentre os casos com TN alterada (RFP), 29 deles também apresentaram 17OHP sérica elevada quando dosada por LC-MS/MS. Os casos assintomáticos foram acompanhados até normalização da 17OHP sérica e/ou submetidos ao estudo molecular, que identificou dois Rns com genótipo que prediz a forma não clássica. Conclusão: a melhor estratégia para otimização do diagnóstico da HAC na triagem neonatal é se padronizar valores de corte da N17OHP em dois grupos de acordo com o tempo de vida na coleta (antes e depois de 72 horas), subdivididos em quatro grupos de peso. A utilização dos valores de corte do percentil 99,8 se mantém eficaz no diagnóstico da HAC-21OH na triagem neonatal, reduzindo de forma significativa a taxa de RFP, sem perda do diagnóstico da forma PS

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Congenital adrenal hyperplasia (CAH) is an autosomal recessive disorder caused by defects in one of several steroidogenic enzymes involved in the synthesis of cortisol from cholesterol in the adrenal glands. More than 90% of cases are caused by 21-hydroxylase deficiency, and the severity of the resulting clinical symptoms varies according to the level of 21-hydroxylase activity. 21-Hydroxylase deficiency is usually caused by mutations in the CYP21A2 gene, which is located on the RCCX module, a chromosomal region highly prone to genetic recombination events that can result in a wide variety of complex rearrangements, such as gene duplications, gross deletions and gene conversions of variable extensions. Molecular genotyping of CYP21A2 and the RCCX module has proved useful for a more accurate diagnosis of the disease, and prenatal diagnosis. This article summarises the clinical features of 21-hydroxylase deficiency, explains current understanding of the disease at the molecular level, and highlights recent developments, particularly in diagnosis.

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It is known that exposure to substances in the environment can contribute to various reproductive disorders, especially if such exposure occurs during critical periods of development such as the intra-uterine and postnatal. The female reproductive system may be the target of androgens, both as a result of exposure to environmental chemicals, or by pathological conditions (polycystic ovary syndrome or congenital adrenal hyperplasia).Usually, little attention is given off in relation to the study of androgenic effects in the female reproductive axis. This study aims to evaluate the effects of exposure to androgens on the development, structure and reproductive function in rats whose mothers were exposed to testosterone propionate from gestational day 12 (DG12) after weaning - postnatal day 21 (DPN21) . For this purpose, pregnancy rats were divided into four groups: a control group that received corn oil (vehicle) and three groups receiving testosterone propionate in doses of 0.05 mg / kg / day, 0.1 mg / kg / day and 0.2 mg / kg / day, all under the same experimental conditions. The possible effects of exposure were assessed using reproductive parameters, such as a measure of anogenital distance, count areolas / nipples, age at vaginal opening and first estrus (puberty indicative installation), weight and histological evaluation of the reproductive organs ( uterus and ovaries), weight of the kidneys, liver and pituitary hormone levels, regularity of the estrous cycle, sexual behavior and fertility. Such analysis is important in understanding the effects of androgen exposure on the female genital system, especially on the reproductive potential, and processes that may involve morphofunctional changes. In these experimental conditions, it is concluded that treatment with PT caused reduction in body weight and initial masculinization in females without cubs, however, commit further sexual development

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A necropsia é essencial para a identificação da causa de morte e dos processos que culminaram no óbito do animal. O presente estudo visou à pesquisa da real ocorrência de morte súbita e inesperada em cães submetidos à necropsia, e à determinação da discrepância entre as suspeitas dos proprietários em relação ao estado de saúde prévio e à causa de morte de seus cães, quando comparadas às conclusões necroscópicas. Este trabalho também focou nas alterações morfológicas e funcionais nas glândulas adrenais de cães necropsiados, a fim de se estudar a aplicação de possíveis marcadores da resposta adrenal ao estresse sofrido pelo animal na iminência do óbito. Foram utilizados os dados de 82 cães necropsiados na FMVZ-USP para análise da ocorrência real de morte súbita nestes animais. As alterações morfológicas nas adrenais de 46 cães necropsiados foram avaliadas através de análises morfométricas e histopatológicas. Também foram avaliados os índices de proliferação e apoptose nas células do córtex adrenal em relação à causa de morte do animal, através da marcação imunoistoquímica para o antígeno nuclear de proliferação celular (PCNA) e para BAX e Bcl-2, proteínas envolvidas na regulação da apoptose. A análise das alterações funcionais sofridas pelas adrenais focou na quantificação das concentrações das catecolaminas adrenalina e noradrenalina na medula adrenal dos cães por cromatografia líquida de alta eficiência com detecção eletroquímica (CLAE-DE). Dentre os resultados encontrados, a suspeita do proprietário de que seu cão sofreu uma morte súbita e inesperada é muito maior do que a real ocorrência deste tipo de morte em cães, sendo o óbito por decorrência de complicações de doenças muito mais frequente. As características morfométricas das adrenais dos cães apresentaram maior influência pelo peso corpóreo do animal e pela presença ou ausência de hiperplasia cortical do que pela associação com doenças crônicas ou condições agudas. Cães que vieram a óbito em decorrência de complicações de doenças crônicas exibiram fibrose em região corticomedular e focos de infiltrado inflamatório, ausentes nos animais com morte súbita ou doenças agudas, além de maior ocorrência de hiperplasia adrenocortical. Cães que sofriam de alterações cardíacas crônicas apresentaram alterações histopatológicas significativas mais marcantes em suas adrenais, como necrose, fibrose e depleção vacuolar cortical. Por outro lado, a congestão severa nas adrenais foi um achado mais frequente nos animais previamente saudáveis que sofreram morte súbita ou que vieram a óbito por doenças agudas. A avaliação dos índices de proliferação celular e apoptose no córtex das adrenais através da marcação imunoistoquímica para PCNA e BAX e Bcl-2, respectivamente, não apresentou potencial relevante para o estudo dos efeitos do estresse por doenças crônicas sobre as adrenais de cães. As concentrações de adrenalina e noradrenalina na medula adrenal se mostraram muito maiores em cães machos quando comparados às fêmeas. Os achados deste estudo podem auxiliar nas conclusões da necropsia, sendo especialmente relevantes em casos médico-legais, nos quais todos os achados possíveis devem ser relatados e analisados a fim de se prover um diagnóstico preciso, seguro e incontroverso

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Glucocorticoid hormones are critical to respond and adapt to stress. Genetic variations in the glucocorticoid receptor (GR) gene alter hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA) axis activity and associate with hypertension and susceptibility to metabolic disease. Here we test the hypothesis that reduced GR density alters blood pressure and glucose and lipid homeostasis and limits adaption to obesogenic diet. Heterozygous GR βgeo/+ mice were generated from embryonic stem (ES) cells with a gene trap integration of a β-galactosidase-neomycin phosphotransferase (βgeo) cassette into the GR gene creating a transcriptionally inactive GR fusion protein. Although GRβgeo/+ mice have 50% less functional GR, they have normal lipid and glucose homeostasis due to compensatory HPA axis activation but are hypertensive due to activation of the renin-angiotensin- aldosterone system (RAAS). When challenged with a high-fat diet, weight gain, adiposity, and glucose intolerance were similarly increased in control and GRβgeo/+ mice, suggesting preserved control of intermediary metabolism and energy balance. However, whereas a high-fat diet caused HPA activation and increased blood pressure in control mice, these adaptions were attenuated or abolished in GRβgeo/+ mice. Thus, reduced GR density balanced by HPA activation leaves glucocorticoid functions unaffected but mineralocorticoid functions increased, causing hypertension. Importantly, reduced GR limits HPA and blood pressure adaptions to obesogenic diet.

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As the key neuron-to-neuron interface, the synapse is involved in learning and memory, including traumatic memories during times of stress. However, the signal transduction mechanisms by which stress mediates its lasting effects on synapse transmission and on memory are not fully understood. A key component of the stress response is the increased secretion of adrenal steroids. Adrenal steroids (e.g., cortisol) bind to genomic mineralocorticoid and glucocorticoid receptors (gMRs and gGRs) in the cytosol. In addition, they may act through membrane receptors (mMRs and mGRs), and signal transduction through these receptors may allow for rapid modulation of synaptic transmission as well as modulation of membrane ion currents. mMRs increase synaptic and neuronal excitability; mechanisms include the facilitation of glutamate release through extracellular signal-regulated kinase signal transduction. In contrast, mGRs decrease synaptic and neuronal excitability by reducing calcium currents through N-methyl-D-aspartate receptors and voltage-gated calcium channels by way of protein kinase A- and G protein-dependent mechanisms. This body of functional data complements anatomical evidence localizing GRs to the postsynaptic membrane. Finally, accumulating data also suggest the possibility that mMRs and mGRs may show an inverted U-shaped dose response, whereby glutamatergic synaptic transmission is increased by low doses of corticosterone acting at mMRs and decreased by higher doses acting at mGRs. Thus, synaptic transmission is regulated by mMRs and mGRs, and part of the stress signaling response is a direct and bidirectional modulation of the synapse itself by adrenal steroids.

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PURPOSE: This study investigated the significance of baseline cortisol levels and adrenal response to corticotropin in shocked patients after acute myocardial infarction (AMI). METHODS: A short corticotropin stimulation test was performed in 35 patients with cardiogenic shock after AMI by intravenously injecting of 250 μg of tetracosactrin (Synacthen). Blood samples were obtained at baseline (T0) before and at 30 (T30) and 60 (T60) minutes after the test to determine plasma total cortisol (TC) and free cortisol concentrations. The main outcome measure was in-hospital mortality and its association with T0 TC and maximum response to corticotropin (maximum difference [Δ max] in cortisol levels between T0 and the highest value between T30 and T60). RESULTS: The in-hospital mortality was 37%, and the median time to death was 4 days (interquartile range, 3-9 days). There was some evidence of an increased mortality in patients with T0 TC concentrations greater than 34 μg/dL (P=.07). Maximum difference by itself was not an independent predictor of death. Patients with a T0 TC 34 μg/dL or less and Δ max greater than 9 μg/dL appeared to have the most favorable survival (91%) when compared with the other 2 groups: T0 34 μg/dL or less and Δ max 9 μg/dL or less or T0 34 μg/dL or higher and Δ max greater than 9 μg/dL (75%; P=.8) and T0 greater than 34 μg/dL and Δ max 9 μg/dL or less (60%; P=.02). Corticosteroid therapy was associated with an increased mortality (P=.03). There was a strong correlation between plasma TC and free cortisol (r=0.85). CONCLUSIONS: A high baseline plasma TC was associated with a trend toward increased mortality in patients with cardiogenic shock post-AMI. Patients with lower baseline TC, but with an inducible adrenal response, appeared to have a survival benefit. A prognostic system based on basal TC and Δ max similar to that described in septic shock appears feasible in this cohort. Corticosteroid therapy was associated with adverse outcomes. These findings require further validation in larger studies.

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Estrogen signalling is critical for ovarian differentiation in reptiles with temperature-dependent sex determination (TSD). To elucidate the involvement of estrogen in this process, adrenal-kidney-gonadal (AKG) expression of estrogen receptor (ER alpha) was studied at female-producing temperature (FPT) in the developing embryos of the lizard, Calotes versicolor which exhibits a distinct pattern of TSD. The eggs of this lizard were incubated at 31.5 +/- 0.5 degrees C (100% FPT). The torso of embryos containing adrenal-kidney-gonadal complex (AKG) was collected during different stages of development and subjected to Western blotting and immunohistochemistry analysis. The ER alpha, antibody recognized two protein bands with apparent molecular weight similar to 55 and similar to 45 kDa in the total protein extracts of embryonic AKG complex of C. versicolor. The observed results suggest the occurrence of isoforms of ER alpha. The differential expression of two different protein isoforms may reveal their distinct role in cell proliferation during gonadal differentiation. This is the first report to reveal two isoforms of the ER alpha in a reptile during development. Immunohistochemical studies reveal a weak, but specific, cytoplasmic ER alpha immunostaining exclusively in the AKG during late thermo-sensitive period suggesting the responsiveness of AKG to estrogens before gonadal differentiation at FPT. Further, cytoplasmic as well as nuclear expression of ER alpha in the medulla and in oogonia of the cortex (faint activity) at gonadal differentiation stage suggests that the onset of gonadal estrogen activity coincides with sexual differentiation of gonad. Intensity and pattern of the immunoreactions of ER alpha in the medullary region at FPT suggest endogenous production of estrogen which may act in a paracrine fashion to induce neighboring cells into ovarian differentiation pathway. (C) 2014 Elsevier Inc. All rights reserved.

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Alterações nutricionais, hormonais e ambientais nos períodos críticos do desenvolvimento como a gestação e/ou lactação podem influenciar a estrutura e a fisiologia de órgãos e tecidos, predispondo ao aparecimento de doenças na vida adulta. Esse fenômeno é conhecido como programação metabólica. O fumo materno na gestação/lactação tem sido associado ao sobrepeso/obesidade na infância e na vida adulta em ambos os sexos. Porém, estudos evidenciam diferenças entre os gêneros em resposta a exposição à nicotina. Já foi demonstrado que muitas mulheres param de fumar na gestação, mas a maioria destas volta a fumar na lactação. Anteriormente, mostramos que machos adultos cujas mães foram expostas à nicotina na lactação, desenvolveram obesidade central, hiperleptinemia e hipotireoidismo. Como a nicotina afeta a função adrenal e como catecolaminas e glicocorticóides têm efeitos bem conhecidos sobre o tecido adiposo, avaliamos a função da medula adrenal e o conteúdo de leptina no tecido adiposo e músculo de machos e fêmeas cujas mães foram expostas à nicotina na lactação. Dois dias pós-parto, implantamos minibombas osmóticas nas ratas lactantes dividas em: NIC infusão de nicotina (6mg/Kg/dia s.c.) por 14 dias, e C infusão de salina pelo mesmo período. Estas lactantes foram divididas de acordo com o sexo das proles. O sacrifício das proles de ambos os sexos ocorreu aos 15 (fim da exposição à nicotina) e 180 dias de vida. Aos 15 dias, os machos da prole NIC apresentaram aumento de MGV absoluta e relativa ao peso corporal (+72% e +73% respectivamente), hiperleptinemia (+35%), hipercorticosteronemia (+67%), maior peso adrenal (+39%), conteúdo de catecolaminas totais (absoluto: +69% e relativo: +41%), embora diminuição da enzima TH (-33%). Quando adultos, os machos programados exibiram maior massa corporal (+10%), MGV absoluta (+47%) e relativa (+33%), além de hiperleptinemia (+41%) e maior conteúdo de leptina no TAV (+23%). Esses animais também apresentaram hipercorticosteronemia (+77%), maior conteúdo de catecolaminas totais absoluto e relativo (+79% e +89% respectivamente) e de TH (+38%) embora tenham menor secreção de catecolaminas in vitro estimulada por cafeína (-19%) e maior expressão do ADRB3 no TAV (+59%). Em relação as fêmeas da prole NIC aos 15 dias de vida, estas apresentaram menor massa corporal (-6%) e hiperleptinemia (+41%) embora sem alteração da MGV. Aos 180 dias, as fêmeas da prole NIC apresentaram menor conteúdo de leptina no TAS (-46%) e maior conteúdo de leptina no músculo solear (+22%) e diminuição da expressão do ADRB3 no TAV (-39%). Concluímos que a nicotina materna afeta ambos, medula adrenal e tecido adiposo de forma gênero dependente, tanto em curto prazo (quando a nicotina está presente no leite materno), quanto em longo prazo (repercussões na vida adulta). De forma geral, as fêmeas da prole NIC apresentam alterações mais discretas do que os machos em ambos os períodos estudados.

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O estado nutricional e hormonal em fases iniciais de desenvolvimento (gestação e lactação) está relacionado a alterações epigenéticas, que podem levar ao desenvolvimento de doenças. A obesidade infantil está relacionada com a ocorrência da obesidade na idade adulta, resistência à insulina e maior risco cardiometabólico. Em estudos experimentais, a superalimentação neonatal causa obesidade e aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Estes animais apresentam obesidade visceral, hiperfagia, hiperleptinemia e hipertensão na idade adulta. Previamente, demonstramos que a hiperleptinemia neonatal causa hiperfunção da medula adrenal e microesteatose na idade adulta. No presente estudo avaliamos a função adrenal de ratos adultos obesos no modelo de superalimentação neonatal por redução do tamanho da ninhada e a sensibilidade as catecolaminas no tecido adiposo visceral (TAV) e no fígado. Ao nascimento todas as ninhadas tiveram seu número de filhotes ajustados para 10. Para induzir a superalimentação neonatal, o tamanho da ninhada foi reduzido de dez para três filhotes machos no terceiro dia de lactação até o desmame (SA), enquanto que o grupo controle permaneceu com 10 filhotes durante toda a lactação. Após o desmame, os ratos tiveram livre acesso à dieta padrão e água até 180 dias (1 animal de cada ninhada, n = 7). O TAV e as glândulas adrenais foram pesadas. As contrações hormonais séricas, o conteúdo hepático de glicogênio e triglicerídeos foram avaliados por kits comerciais. O conteúdo e a secreção de catecolaminas adrenais foram avaliados utilizando o método do trihidroxindol. O conteúdo dos hormônios eixo hipotálamo-hipófise-córtex adrenal, das enzimas da via de síntese das catecolaminas na glândula adrenal, ADRB2 no fígado e ADRB3 no TAV foram determinados por Western blotting ou imunohistoquímica. As diferenças foram consideradas significativas quando p <0,05. Aos 180 dias de vida, o grupo SA apresentou maior massa corporal (+15%), maior consumo alimentar (+15%) e maior adiposidade visceral (+79%). Os hormônios do eixo hipotálamo-hipófise-córtex-adrenal não foram alterados. O grupo SA apresentou maior expressão de tirosina hidroxilase e de DOPA descarboxilase (+31% e 90%, respectivamente); conteúdo de catecolaminas adrenais (absoluta: 35% e relativa: 40%), e secreção de catecolaminas, tanto basal quanto estimulada por cafeína (+35% e 43%, respectivamente). O conteúdo ADRB3 no TAV não foi alterado nos grupo SA, entretanto o ADRB2 no fígado apresentou-se menor (-45%). O grupo SA apresentou maior conteúdo de glicogênio e triglicerídeos no fígado (+79% e +49%, respectivamente), além de microesteatose. A superalimentação neonatal resulta em hiperativação adrenomedular e aparentemente está associada a preservação da sensibilidade às catecolaminas no VAT. Adicionalmente sugerimos que o maior conteúdo de glicogênio e triglicerídeos hepático seja devido a menor sensibilidade as catecolaminas. Tal perfil pode contribuir para a disfunção metabólica hepática e hipertensão arterial que são características deste modelo de obesidade programada.

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Polycystic Ovary Syndrome (PCOS) is a complex disorder encompassing reproductive and metabolic dysfunction. Ovarian hyperandrogenism is an endocrine hallmark of human PCOS. In animal models, PCOS-like abnormalities can be recreated by in utero over-exposure to androgenic steroid hormones. This thesis investigated pancreatic and adrenal development and function in a unique model of PCOS. Fetal sheep were directly exposed (day 62 and day 82 of gestation) to steroidal excesses - androgen excess (testosterone propionate - TP), estrogen excess (diethylstilbestrol - DES) or glucocorticoid excess (dexamethasone - DEX). At d90 gestation there was elevated expression of genes involved in β- cell development and function: PDX-1 (P<0.001), and INS (P<0.05), INSR (P<0.05) driven by androgenic excess only in the female fetal pancreas. β- cell numbers (P<0.001) and in vitro insulin secretion (P<0.05) were also elevated in androgen exposed female fetuses. There was a significant increase in insulin secreting β-cell numbers (P<0.001) and in vivo insulin secretion (glucose stimulated) (P<0.01) in adult female offspring, specifically associated with prenatal androgen excess. At d90 gestation, female fetal adrenal gene expression was perturbed by fetal estrogenic exposure. Male fetal adrenal gene expression was altered more dramatically by fetal glucocorticoid exposure. In female adult offspring from androgen exposed pregnancies there was increased adrenal steroidogenic gene expression and in vivo testosterone secretion (P<0.01). This highlights that the adrenal glands may contribute towards excess androgen secretion in PCOS, but such effects might be secondary to other metabolic alterations driven by prenatal androgen exposure, such as excess insulin secretion Thus there may be dialogue between the pancreas and adrenal gland, programmed during early life, with implications for adult health Given both hyperinsulinaemia and hyperandrogenism are common features in PCOS, we suggest that their origins may be at least partially due to altered fetal steroidal environments, specifically excess androgenic stimulation